Em Roma se falava o latim. Com as guerras e as conquistas romanas, esse idioma expandiu-se por toda a Europa. Os romanos impuseram sua língua, sua cultura e seus costumes aos povos conquistados (romanização).
Para garantir a dominação política, os romanos exigiam que, em todo vasto Império, o latim fosse de uso obrigatório nas escolas, nas transações comerciais, nos documentos, nos atos oficiais e no serviço militar.
Entretanto, o contato dos romanos com a cultura grega se deu de forma contrária: foi o latim que incorporou uma grande quantidade de palavras gregas que, consequentemente, também vieram a fazer parte da língua portuguesa.
Todavia, não foi o latim clássico, literário, usado pelos grandes escritores romanos (Cícero, Horácio, César, Virgílio, etc.), que foi imposto às populações dominadas. Foi o latim vulgar, falado pelos soldados romanos.
Aos poucos, os povos dominados absorveram o falar dos romanos, que se misturou com os falares regionais, originando as língua neolatinas: português, espanhol, francês, italiano, romeno, galego e outras.
Por volta do século VIII d.C., os árabes invadiram a Península Ibérica, aí permanecendo por sete séculos, sem conseguir impor a língua árabe. Todavia, muitas palavras árabes passaram a fazer parte da língua portuguesa, como: algarismo, alface, álgebra, álcool, alcachofra, algodão, alfafa, etc.
A língua portuguesa é atualmente a quinta mais falada do mundo, com mais de 200 milhões de falantes. A comunidade Lusófona é constituída por:
a. Portugal, Ilhas da Madeira, dos Açores e Cabo Verde;
b. Brasil;
c. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe (na África);
d. Goa, Macau, Timor (na Ásia).
Com a globalização, o uso da Internet, as transações comerciais e o crescente interesse do mundo pela América Latina, o estudo da língua portuguesa em outros países vem aumentando ultimamente.
Em alguns lugares da África e da Ásia, como Siri-Lanka, Macau, Java, Málaca, Cabo Verde, Guiné, Cingapura, a língua portuguesa, em contato com os idiomas dos nativos, sofreu muitas alterações, dando origem ao dialeto crioulo, usado nas transações comerciais.
Os colonizadores portugueses trouxeram para o Brasil a cultura e a língua portuguesa. Esta foi sendo enriquecida com vocábulos de origem indígena, africana e de outros povos imigrantes.
Assim temos, de proveniência indígena, muitos nomes de lugares, utensílios, alimentos, flora e fauna, como: Curitiba, Paraná, tatu, saci, abacaxi, lambari, carioca, mandioca, etc.
De proveniência africana temos: macumba, cachaça, moleque, quindim, jiló, marimbondo, cochilo, tanga, samba, etc.
No português de hoje, podemos encontrar palavras provenientes do italiano (pizza, espaguete, tchau), do inglês (gol, clube, sanduíche, hambúrguer, deletar) e do francês (toalete, abajur, penhoar) e de outros idiomas.
A língua de um povo tende a se modificar (evoluir) através dos tempos, criando, conforme as necessidades, novas palavras e, às vezes, deixando outras em desuso.
Àquelas palavras que vão desaparecendo chamamos arcaísmos e às novas, neologismos.
Assim, são arcaísmos: leixar (deixar), filhar (tomar, pegar), nato (nascido), etc.
São neologismos: xérox, xerocar, digitar, doleiro, etc.
QUESTIONÁRIO
1. Que idioma originou a língua portuguesa?
2. Que faziam os romanos para garantir a dominação sobre os povos conquistados?
3. Como as palavras gregas vieram a fazer parte de nosso vocabulário?
4. Que é latim clássico?
5. Que é latim vulgar?
6. De que tipo de latim se originaram as línguas neolatinas?
7. Quais são as línguas neolatinas?
8. Cite algumas palavras de origem árabe, africana e indígena que passaram para a língua portuguesa.
9. Que são arcaísmos?
10. Que é neologismo? Dê exemplos.
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