1.
Nos textos
a seguir, há casos de metáfora, metonímia e catacrese. Identifique-os.
a.
“E os suspiros que dou são violinos alheios...”
(Mário de Andrade)
b.
Ih... O alfinete está sem cabeça.
c.
Todo brasileiro tem direito a um teto digno.
d.
“Meu coração é um almirante louco que abandonou
a profissão do mar...” (Fernando Pessoa)
e.
A receita diz para colocar três dentes de alho e
uma cabeça de cebola.
f.
Amanhã o Osório vai pedir a mão de minha filha
em casamento.
2.
Identifique
a figura que está presente em cada texto: hipérbole, eufemismo, ironia ou
perífrase.
a.
“Heresia... Atos contra a moralidade... Talvez
essas palavras tenham outra significação para os senhores. Pelo que eu entendo
que querem dizer, não posso, de modo algum, aceitar a acusação.” (Dias Gomes)
b.
“Última flor do lácio, inculta e bela...” (Olavo
Bilac)
c.
“Auriverde pendão da minha terra natal...”
(Fagundes Varela)
d.
“Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo.” (Fernando
Pessoa)
e.
– Você me ama?
– Eu? Tenho-lhe grande estima.
f.
“Nada me prende a nada
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.” (Fernando
Pessoa)
g.
Você é bem atrevido, não é, queridinho?
3.
Identifique
a figura presente em cada texto: paradoxo, antítese, gradação ou prosopopeia.
a.
“Pagamos o débito do passado endividando o
futuro.” (Carlos Drummond de Andrade)
b.
“Até o que é belo me pesa nos ombros,
até a poesia acima do mundo,
acima do tempo, acima da vida,
me esmaga na terra, me prende nas coisas.” (Jorge de
Lima)
c.
“As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico
que apodrecia.” (Clarice Lispector)
d.
“Só quem puder obter a estupidez
Ou a loucura pode ser feliz.” (Fernando Pessoa)
e.
“Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.” (Cecília Meireles)
f.
“Que anjo ou que pássaro
Roubou tua cor
Que ventos passaram
Sobre o teu pudor? (Vinícius de Moraes)
4.
(Fuvest-SP)
Considere este trecho de um diálogo entre pai e filho (do romance “Lavoura arcaica”, de Raduan Nassar):
“ – Quero te entender, meu filho, mas já não
entendo nada.
– Misturo
coisas quando falo, não desconheço, são as palavras que me empurram, mas estou
lúcido, pai, sei onde me contradigo, piso quem sabe em falso, pode até parecer
que exorbito, e se há farelo nisso tudo, posso assegurar, pai, que tem muito grão
inteiro. Mesmo confundindo, nunca me perco, distingo para o meu uso os fios do
que estou dizendo.”
No
trecho, ao qualificar o seu próprio discurso, o filho se vale tanto de
linguagem denotativa quanto de linguagem conotativa.
a.
A frase “estou
lúcido, pai, sei onde me contradigo” é um exemplo de linguagem de sentido
denotativo ou conotativo? Justifique sua resposta.
b.
Traduza em linguagem de sentido denotativo o que
está dito de forma figurada na frase: “se
há farelo nisso tudo, posso assegurar, pai, que tem muito grão inteiro”.
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